quarta-feira, 12 de maio de 2010

Encontros - Por Rose (PARTE II)

Pietro estava arrumando o lugar, afinal, estava um nojo.
Atrás dele, sem que ele percebesse um grupo de Shalnarks se aproximava sorrateiramente.
Eles apenas estavam o observando, então ele se sentiu observado, e notou que eles estavam olhando.

-Posso ajudá-los? - Perguntava Pietro, educadamente.

Porém não obteve resposta. Apenas gritos, de como se fossem para atacar.
Ele assustado, correu mata adentro, bem na minha direção.
Os Shalnarks o perseguiam.Então ouviram um grito do outro lado da floresta.Parecia chamá-los de volta.

Pietro continuava a correr desesperadamente.

Logo a frente dali, estava eu, tomando banho.

Eu olhava para o céu.


 "Eu? Uma assassina.
Meu desejo ? Morte de meu pai
Minha vida ? Procurá-lo
Meu maior sentimento ? ódio
Meu desejo ? vingança "

Sim. Eu estava convicta do que eu queria.

"Sinto cada vez mais ódio a cada meu despertar. Eu não deveria nascer. Eu não deveria existir.
Ninguém vive sempre com o seu destino já traçado."

Fui imterrompida por Pietro, que mergulhara na água.

- Alluka! Me ajuda! Eles...- Gritava Pietro, desesperadamente.

Eu me levantei. E percebi que os meus seios estavam aparecendo.
Percebi também que Pietro olhava descaradamente para eles.

Eu gritei. Gritei com todas as minhas forças.
Pietro, assustado, fechou os olhos e os tampou com a mão.

- Calma! Eu não vi nada! Eu não vi nada! - Ele gritava.

Então, aproveitando o espaço de tempo, que eu tinha corri e coloquei minhas roupas.

Depois de alguns minutos nos encarando, eu resolvi falar.

- Ok. O que houve?

Pietro, que ainda parecia estar pensando disse inconscientemente:

- Mas eram tão bonitos...

- Hã? - Eu estranhei.

- O que? eu não disse nada! Eu juro!

- Não quero saber disso. Por que você chegou aqui correndo?

- Ah... Aquele grupo que protege a floresta, ficaram me perseguindo. Acho que queriam me matar!

- Bom...Isso não posso negar que eu não queira também, mas eles são tão pacíficos...Como...?

 Nessa hora apareceu um membro do grupo Shalnark e quis me apunhalar pelas costas.

Segurei o punhal e o matei. Seu sangue havia respingado em meu rosto, e escorrido até a minha boca.

Meus pensamentos são vermelhos: não consigo pensar em nada a não ser o gosto acobreado e quente da vida.
Minhas narinas inflam quando perto do odor pungente e distinto de carne.
Mais inebriante do que qualquer droga, a essência ardente da própria vida.

Pietro me segurou. Eu o ataquei.
Eu havia ficado como da primeira vez.

Eu o cortei com o punhal. Seu braço sangrava.

- Rose... Para! O que houve?! - Ele gritava de uma certa distância.

Eu havia mudado. Minha expressão havia ficado agressiva. Eu conseguia sentir isso.
Pietro havia tomado um certo cuidado para quando isso voltasse a ocorrer.
Porém naquele momento de desespero, ele concerteza não lembrava disso.

 - Humano nojento! Sou manchada... Alma impura a vagar pelos caminhos fédidos desta 'TERRA'.
Você não vai conseguir retirar isso de mim!

Então corri inconsciente para a árvore aonde estavamos acampados.

Pietro pegou a minha espada, e a minha faca,que estavam largadas no chão, E correu atrás de mim.

Então quando cheguei à árvore, olhei para cima. Vi estrelas brilhantes a ponto de fazerem desenhos
no céu. Olhei para o Pietro que estava atrás de mim. Então o abracei.

- Vamos dormir. - eu disse, com um pequeno sorriso no rosto.

Ele sangrava. Estava assustado um pouco com a minha mudança repentina de humor.

- Ok. Mas eu terei que fazer um apoio para o meu braço.

Então eu o beijei no rosto. Ele ficou estagnado.

- Eu faço isso para você. não se preocupe. - Então sorri novamente.

Fomos dormir.
Uma voz não me deixava em paz. Era uma voz que apesar de meio aveludada, era agressiva ao mesmo tempo.

"Não importa quantas faces você tenha.
 Não importa o quão poderosa sejas.
 Você sempre será um nada."

Ao som dessa voz adormeci.

Nenhum comentário:

Postar um comentário