quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sem sentir - Por Rose

Pairo num pedaço de mente oca sem certezas
Sozinho num mar de aflições agrestes e crueis
Partido num espaço de choro, lamento e tristezas
Pintando a vida sendo os dedos os mais puros pinceis

Sou forçada a continuar, sem saber para onde ir
Caminho sem rumo naufragando na bruma da lua
Não vejo a luz, não vejo o sol para poder seguir
Para continuar em frente preciso de uma mão tua

Estou gelada, o frio corroi-me o corpo o ser
Corroi-me a vontade de sentir, de amar, de lutar;
Gela-me as mão a alma e o simples querer
De um dia poder ver a luz sem ela me cegar

Tudo desapareceu no tempo, no vazio
Simplesmente ficou a dor, a pena, o odio
Criando um rancor que o abismo pariu
Um abismo sem fundo onde se perde a alma

No escuro caio sem saber onde estou
Sem sentir a vida nem sequer o perdão
Parado no tempo sem ver para onde vou
Carregando o fardo de não sentir emoção