quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mas... O que eu fiz? - Por Rose

Tentei dar um soco, ele foi mais rápido e me segurou pelo braço.


- Calma menina, por que você está me atacando? - ele perguntou calmamente.
- Porquê? Você diz o que você disse e me pergunta o porquê? Endoidou é? - gritei
- Olha, se o que eu disse te magoou eu não tenho culpa, mas foi o que aconteceu.
 E não foi motivo para você me atacar. - Disse ele, cheio de autoridade.


  Ele me soltou e eu bufei de raiva. Dessa vez ele estava certo.


- Garota, você disse que estava de passagem, não? - Ele fez uma cara estranha.
- Hã? Disse sim, porquê? 
- Aonde você está indo?


Diante dessa pergunta. Eu contei a minha história para ele.


- Nossa!? Isso é sério! Mas você pelo o que eu vi, não tem condições nenhuma de 
enfrentá-lo. - ele disse.


- Ué...Porquê? - Estranhei.
-Porque você ainda é muito fraca! - Ele zombou de mim.


Realmente, esse garoto quer morrer.


- Vai encher o saco da sua mãe, seu moleque! - Então peguei o meu sapato e começei 
a correr atrás dele.


- E além de fraca, é muito lerda! - Ele gritou.


 Mas como o folêgo dos súcubbos dura muito mais que o dos humanos, ele apanhou. E feio.


- Quem é lerda hein?! - zombei da cara dele.


 Ele ficou me olhando. Um minuto de silêncio.


- Olha. Deixando isso pra lá, eu posso ajudar você a encontrar o seu pai? 
Não tenho muito o que fazer mesmo...


- Eii. Isso não é hobby não, viu? É sério, se você quiser me ajudar mesmo, 
vai ter que não temer a morte, já que ela vive colada a mim.

- Ok, Então tudo bem, se essa é a condição, eu aceito. Aliás, qual seu nome, menina?
- Hã... É Rose. Rose Alluka. E o seu?
- É Pietro. Muito prazer. 


Um minuto de silêncio de novo...


- Ah não! - eu disse e saí correndo.
- o que foi agora? - E me perguntou, e saiu correnda atrás de mim.


Eu havia sentido algo estranho me mandando ir à taberna, Eu havia perdido muito tempo.


- Isso é muito ruim. - Eu estava do lado de fora da taberna e vi uma quadrilha, não, um mini-exército de 48 bandidos tentando invadi-la... Por quê?


- Sai da minha frente! - Alguém me empurrou e eu caí ao chão.


- Ei gente, mais uma para matar! - Alguém, novamente gritou. E esse alguém estava apontando para mim.

Eu tentei escapar mas foi em vão.
Então eu percebi que eram caçadores de sucúbbos. Afinal nós não eramos muito bem aceitos pela sociedade humana.


Então toquei na espada. E eu não sei exatamente o que aconteceu, mas uma cólera repentina, subiu à minha cabeça, e eu investi contra todos.


E em poucos minutos, eu fiz o que minha conduta súcubba me manda fazer em situações de risco. Matar.


– 48 mortos; corpos sem sangue, sem vida, caídos aos meus pés. Minha sede ainda não tinha acabado... Meus olhos ainda reluziam o vermelho.


Eu não estava respondendo mais por mim.


 Pietro chegou ofegante no local. Ele se horririzou.


- R-Rose. O q-que você fez? - Ele ficou sem muitas palavras - Você... matou... todos... Como?


Eu gruni, então ele viu que os meus olhos haviam mudado de cor. De vinho claro, haviam passado a vermelho. 
Ele emudeceu. 
Então chegou mais perto de mim.


- Rose...?


- VÁ EMBORA!


Ele percebeu que se desse mais um passo eu o atacaria.


Eu estava perdendo a consciência aos poucos, mal me mantinha em pé.


Então Pietro ignorou o meu aviso, e chegou mais perto de mim.
Ele me fitou com seus olhos sem brilho, eles estavam com um ar de pena... E me acariciou o cabelo. Ficamos ali alguns minutos até eu desmaiar, em seu colo.


...


"E POR MAIS QUE EU TENTE ESQUECER QUE VIVO NESSA ESCURIDÃO SEM FIM, O MEU CORAÇÃO ME LEMBRA QUE EU SOU UMA MEDÍOCRE MENINA VIVENDO SEM LUZ"

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