Acordei com Pietro me observando.
- Bom dia. Mestre Baldoc já esteve aqui e pediu que assim que você acordasse, para acompanhar-me até lá fora. - então abriu um sorriso.
- Bom dia pra você também. - olhei para a cara dele com vontade de partí-la ao meio.
Pietro foi correndo avisá-lo que eu acordei.
***
Já estavamos no campo de treinamento. E quem iria me treinar seria a irmã de Baldoc. Aquela que tinha um chapéu roxo e um olho fechado.
-Alukka é seu nome, certo ? - Perguntou Hellen.
- Na verdade é Rose... mas prefiro Alukka. - expliquei.
- Então está decidido. Alukka. - declarou ela - Queria pedir desculpas pelo comportamento de minha irmã ontem. Ela respeita muito a conduta Polyiwa. Segundo nossas leis, não podemos mexer, falar, chegar perto e até evitar olhar para as 'raças proibidas'. Mas como o concelho admitiu você aqui acho que ela terá que aceitar-te. Afinal, não vejo problemas em você... Vejo soluções.
- Obrigada. Mas... Creio que sua irmã não pensa assim.
- Acho que ela tem ciúmes de você. - então ela riu.
Ciúmes....?
- Alukka. Fique esperta por aqui. Essas pessoas não gostam de você. Até agora, você poderia tirar como exceção a mim , meu adorado irmão e seu amigo.
Eu a observava. Ela olhava para o alto , reflentindo. Sua mente vagava leve e lentamente por entre as folhas da árvores, juntamente com os pássaros.
- Tudo bem..? - perguntei.
- ahn..?! Oh. Sim, apenas lembrava de algo parecido com sua chegada aqui. Não perderemos mais tempo, sim..?! Quero começar com um exercício leve para você.
- Ok.
-Aqui, na floresta de Skalnir temos variedades de animais e plantas. Quero que você ache e pegue três coisas para mim. Esse exercício serve para avaliar sua capacidade de análise e rastreamento, Pois já estive lá anteriormente. Isso irá ajudá-la, porque aposto que você não conhece essa floresta.
- Tudo bem. Pode falar.
- Quero que você pegue um bisão das montanhas. Ele é fácil de ser encontrado, porém, ele não é o que poderíamos chamar de dócil. Quero que você traga ele VIVO. Quero também que traga um cogumelo que cresce à 2 km daqui, é um pouco difícil de encontrá-lo, pois ele é menor que os outros e se parece muito com a maioria, mas ele possui uma 'pintura' muito 'diferente' em azulado, você o reconhecerá por uma razão: ele nasce dentro das cavernas. E por último, mas não menos importante quero uma flor. Mas não darei dicas, você terá que analisar aonde será SEU próximo passo pela energia dos MEUS.
- Um bisão. Um cogumelo. Uma flor. Algo mais...?
- Sim. Não morra. Fuja dos Shalnarks.
-Entendido.
Saí correndo.
- Ei. Espere.
- ?
- Leve isso com você. - então entregou-me uma... lanterna... mini- cetro... qulquer coisa estranha que brilhava MUITO - Isso te trará de volta para cá em caso de perigo. Se for um Shalnark, não reaja. Fuja. Eles estão se matando aos poucos, ao ferir a floresta-mãe deixe- os pagar pelos próprios erros.
- Sim.
- Volte em 120 horas, ou seja, cinco dias. Não quero você andando sozinha por aí por mais de cinco dias. Epa.
Ela me olhou como algo tivesse clareado a mente dela.
- Pietro. Traga-o aqui.
- Certo! - respondi prontamente.
Corri pelos fundos do Templo e os sarcedotes não me entendiam. Subi dois lances de escada até chegar ao andar do quarto onde Pietro estava descansando. Abri a porta abruptamente. E o vi dormindo. Com Helga ao lado dele com a mão em seu rosto.
"Então está decidido. Alukka. Queria pedir desculpas pelo comportamento de minha irmã ontem. Ela respeita muito a conduta Polyiwa. Segundo nossas leis, não podemos mexer, falar, chegar perto e até evitar olhar para as 'raças proibidas'. Mas como o concelho admitiu você aqui acho que ela terá que aceitar-te. Afinal, também não vejo problemas em você... Vejo soluções.
Obrigada. Mas... Creio que sua irmã não pensa assim.
Acho que ela tem ciúmes de você.
Ciúmes....?"
Entendi o porquê.
-Ei. Como se atreve a entrar nos aposentos dele dessa maneira, súcubba? - indignou-se.
- Aqui é o meu quarto também! Posso entrar aqui a hora em que eu quiser!
- Sua...
- Que foi?! E o que você estaria por acaso fazendo ao lado do meu amigo?
- Não por muito tempo, assassinazinha. Logo, logo ele não chegará mais perto de você.
- Saia daqui vovó. Este quarto não é um retiro para idosos!
- Garota insolente... - os olhos dela mudaram. Um olho estava emanando uma luz azul - Ars non habet inimicum n... - ela estava concentrando uma energia estranha nas mãos.
- HILDA! - Hellen apareceu ao meu lado.
-...
- O que pretendia fazer?
Hilda nos empurrou para fora do caminho e saiu pela porta. As irmãs se entreolharam.
- Pequena aprendiz... Abstraia o ocorrido. Acorde Pietro. Estarei esperando vocês lá embaixo. E quanto minha irmã... Quando voltar da missão, tentarei fazer com que ela não seja mais um problema.
- Sim.
Então, observei ela desaparecer no fim do corredor.
Cheguei perto da cama de Pietro e o balancei delicadamente.
- Hey. Dorminhoco... acorde.
- Hã...? - disse esfregando os olhos - não era para você estar treinando...?
- Hellen mandou te chamar. Parece que iremos treinar juntos.
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